Os advogados robôs estão fazendo a diferença na pandemia

Reduzir custos, evitar o contato físico, aumentar a capacidade de trabalho e gerar novas fontes de receita são algumas das vantagens que escritórios de advocacia no Brasil e na Europa têm conseguido ao usar robôs advogados.

 

Até algum tempo atrás, quando se imaginava o ano de 2020, existia uma expectativa ultramoderna de que estaríamos vivendo em um mundo com carros voadores e robôs assistentes em nossas casas.

Pois bem; 2020 chegou e trouxe uma realidade nada divertida: estamos atravessando uma pandemia de contornos similares a outras do passado, como a Gripe Espanhola, impactando a saúde pública, a economia, a cultura e os hábitos de consumo.

Porém, um detalhe da visão futurista que tínhamos se concretizou: os robôs, de fato, têm sido personagens importantes no enfrentamento ao coronavírus, aos seus efeitos na saúde e em diversas outras indústrias.

De uma maneira geral, a tecnologia já era prevista como uma óbvia aliada, desde que foi declarada a pandemia mundial e começou-se a pensar nas adaptações necessárias para a nova realidade que se instalava. Mesmo assim, alguns recursos tecnológicos, como a inteligência artificial, ainda eram vistos por muitas pessoas como algo distante, caro ou impraticável.

Quem pensava dessa forma está vendo uma realidade diferente agora.

Por outro lado, escritórios que já vinham dando passos de fé na adoção de tecnologias como a RPA (Robotic Process Automation) conseguiram pivotar com maior tranquilidade para uma nova rotina, menos dependente de recursos humanos para efetuar rotinas administrativas ou atividades burocráticas.

Para isso, esses escritórios têm contado com robôs advogados, ferramentas ágeis que representam uma alternativa ao encontro pessoal, que deve ser evitado por risco de contágio da COVID-19.

Robôs advogados têm ajudado a suprir demandas repetitivas e urgentes que têm sido comuns durante a pandemia.

Na Europa, segundo a revista Fortune, escritórios de advocacia têm delegado a robôs a tarefa de revisar documentações em processos de falência, e revisar contratos para localizar cláusulas contratuais referentes à força maior (lá chamada de force majeure), na assessoria de clientes que buscam a rescisão desses contratos, por razões relacionadas aos efeitos da pandemia.

Ainda segundo a revista Fortune, uma empresa britânica viu uma alta de 30% na venda de robôs advogados desde o início de 2020.

A tendência não tem sido de usar os robôs apenas para reduzir custos ou evitar o trabalho presencial, mas também, aumentar as fontes de receitas, sobretudo para compensar os possíveis efeitos negativos da pandemia nas finanças dos escritórios. Com o uso de robôs, esses escritórios têm conseguido aumentar a sua capacidade de trabalho, escalando seus negócios e se tornando mais competitivos.

Isto porque, hoje, há robôs de qualidade a preços acessíveis no mercado, o que permite que tanto um escritório de pequeno ou grande porte tenham acesso às mesmas tecnologias.

Os robôs também são importantes no processo de internacionalização de muitas empresas, sendo usados para tarefas de tradução, auxílio nos procedimentos de auditoria e due diligence, cálculos tributários e até mesmo na comunicação com clientes e parceiros estrangeiros.

No Brasil, a OYSTR também tem acompanhado o aumento na inclusão desses robôs nas rotinas dos escritórios, assim como no home office.

Eles têm sido fundamentais, por exemplo, para realizar controle de prazos processuais de acordo com as diferentes disposições de cada Tribunal, em relação ao funcionamento das atividades durante a pandemia.

Uma das grandes vantagens oferecidas pelos nossos robôs é a possibilidade de customização, programando os robôs para realizar procedimentos de gestão interna, conforme a realidade de cada escritório.

Mais do que nunca, em um cenário como o atual, essas mudanças também colaboram para a qualidade de vida e saúde mental de centenas de profissionais, quase tão ou igualmente impactadas durante a pandemia.

Assim, a pandemia, com todos os seus contratempos e acontecimentos infelizes, acabou também acelerando essas adaptações.

A realidade que nos espera é incerta; mas, em geral, as organizações que têm atravessado a pandemia sem contrair débitos, mantendo a saúde das finanças e a qualidade do quadro de colaboradores, e modernizando a estrutura de trabalho, têm perspectivas de maiores ganhos e expansão no cenário pós-pandemia.

Para os escritórios que têm usado dos robôs advogados e recursos de inteligência artificial, a expectativa também é mais positiva, sobretudo na medida em que as atividades retomem seu ritmo e os advogados possam se dedicar ainda mais às tarefas que exigem pensamento crítico, estratégico e criativo.

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